domingo, 30 de setembro de 2007

Sepultura

Vai um vídeo da banda, ontem foi o show em Cuiabá, excelente. Não havia muita gente - já era de se esperar - metal não é muito a praia da maioria da população, ainda mais no interior.

Valeu a viagem!

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Resposta da Senadora Marisa Serrano


Pode até ser uma mensagem genérica, mas foi a única a se preocupar em dar uma satisfação, segue o conteúdo do e-mail:

RES:‏

De: Sen. Marisa Serrano (marisa.serrano@senadora.gov.br)

Enviada: sexta-feira, 14 de setembro de 2007 14:28:27

Para: Afonso Vieira (afonsohjv@hotmail.com)

Estou convencida de que o relatório que apresentei em conjunto com o senador Renato Casagrande, recomendando a cassação do senador Renan Calheiros e rejeitado por 40 senadores, não foi uma derrota pessoal nem partidária. Foi uma derrota de toda a sociedade brasileira. Tenho a consciência do dever cumprido. Sei que fiz o melhor que pude e agi conduzida pelos fatos e por documentos comprobatórios. O Senado Federal é uma instituição democrática, fundamental para o fortalecimento do espírito republicano e, nada mais justo do que acatarmos, apesar da perplexidade geral, sua decisão soberana.

Mesmo assim, não devemos esmorecer na luta. A construção de um Estado pautado pela ética é um processo feito de avanços e recuos. Tenho esperança de que o passo que foi dado para trás seja fundamental para que se dê dois para frente em futuro próximo. Vamos continuar defendendo os interesses gerais, sem medo dos arreganhos do poder.

Saudações,


Marisa Serrano

Senadora (PSDB-MS)

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Vergonha Nacional


Afonso Vieira

O Presidente do Senado Federal Renan Calheiros, envolvido em várias denúncias de corrupção foi absolvido pelos seus pares. Mais um triste e lamentável episódio da pior legislatura da história republicana nacional.

Vergonhoso, deprimente, lamentável, são adjetivos fracos para expressar a indignação de quem tem que suar oito horas todos os dias para conseguir viver de forma digna, e de quatro em quatro anos ser obrigado a votar nessa corja estúpida que sangra nossas instituições.

Pergunto ao leitor, alguém em sã consciência acredita na inocência desse senhor? Pergunto ainda, onde estavam os senadores petistas que sempre vomitaram o falso discurso da “ética e moral”? Onde estavam os hipócritas oposicionistas que outrora votaram a favor do voto secreto, e agora faziam campanha pelo aberto?

Vergonha é termos políticos - eleitos para representar o povo – que só pensam em interesses particulares. Vergonha é ter que ver um ser abjeto como o Almeida Lima, que acha que todo mundo é ignorante e acredita nas besteiras que profere. Vergonha é ter um representante sem voto como o Wellinton Salgado, em um cargo tão importante. Mas o mais triste é saber que energúmenos como esses, serão eleitos e reeleitos pela massa de manobra analfabeta que vota nos rincões de nosso país semi-alfabetizado.

Em outro artigo - neste mesmo espaço - disse que os políticos são cópias fiéis de seus eleitores, cada vez mais vejo que não estou errado, infelizmente estou certo.

Desde quando alguém que se dispõe a disputar uma eleição para representar o povo, pode votar secretamente? Essa excrescência precisa ser revista urgentemente, oras, os atos de um político - pessoa eleita teoricamente para defender interesses públicos – devem ser transparentes; sugiro ainda a inexistência de sigilos bancário e fiscal a quem pretenda ocupar uma cadeira no legislativo.

O Senado sepultou de vez qualquer chance de ser declarado “menos pior” que a Câmara dos Deputados, todo esse episódio serviu para mostrar a podridão do parlamento, que como um todo, é o exemplo a não ser seguido. Não pensem que os legislativos estaduais e municipais são muito diferentes, na verdade tendem a ser pior.

Estou de luto. Aqui jaz a esperança; a vergonha na cara; a honestidade. Nosso país não tem a menor chance de ser considerado sério, não com uma legislatura que produz ilícitos e imoralidades a cada dia, a cada ato.

É triste ver que até os mais otimistas começam a perder fôlego, que começam a cultuar a descrença nas instituições democráticas.

Quarenta ladrões acompanhavam Ali Babá; quarenta usurpadores da vergonha votaram pela absolvição de Renan; seis covardes se utilizaram da abstenção para não assumirem suas reais intenções.

Começo a me preocupar com o futuro do país, como é que seremos uma potência econômica se nem conseguimos produzir representantes dignos, se nossos valores de nada valem para os legisladores do país?

Ética e Moral, pilares de uma sociedade civilizada e honesta, valores tão propagados nas campanhas eleitorais e tão denegridos nas execuções dos mandatos legislativos.

Pobre Brasil, o último que sair, apague a luz...


Publicado:

http://www.douradosagora.com.br/not-view.php?not_id=200468

http://www.tangaratem.com.br/mostra_not.php?cod=279


O JORNAL de 14 de setembro de 2007.

http://www.portalgrito.com.br/arquivol/arquivol.php?id=58



De: Afonso Vieira (afonsohjv@hotmail.com)
Enviada: quarta-feira, 12 de setembro de 2007 23:54:19
Para: adelmir.santana@senador.gov.br; almeida.lima@senador.gov.br; arthur.virgilio@senador.gov.br; augusto.botelho@senador.gov.br; cesarborges@senador.gov.br; cristovam@senador.gov.br; delcidio.amaral@senador.gov.br; demostenes.torres@senador.gov.br; dep.antoniocarlosbiffi@camara.gov.br; dep.chicoalencar@camara.gov.br; dep.fernandogabeira@camara.gov.br; dep.jairbolsonaro@camara.gov.br; dep.nelsontrad@camara.gov.br; dep.onyxlorenzoni@camara.gov.br; dep.rodrigomaia@camara.gov.br; ecafeteira@senador.gov.br; eduardo.suplicy@senador.gov.br; Gaberia Assessoria (assessoria@gabeira.com.br); gerson.camata@senador.gov.br; gilvamborges@senador.gov.br; heraclito.fortes@senador.gov.br; ideli.salvatti@senadora.gov.br; jefperes@senador.gov.br; joaopedro@senador.gov.br; jonaspinheiro@senador.gov.br; jose.maranhao@senador.gov.br; leomar@senador.gov.br; marconi.perillo@senador.gov.br; maria.carmo@senadora.gov.br; marisa.serrano@senadora.gov.br; romero.juca@senador.gov.br; romeu.tuma@senador.gov.br; sergio.guerra@senador.gov.br; siba@senador.gov.br; simon@senador.gov.br; valdir.raupp@senador.gov.br; valterpereira@senador.gov.br; wellington.salgado@senador.gov.br


segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Reflexões

Mais um ano se passa, menos um ano da minha breve existência, o fato é que até a presente data só tenho a agradecer ao que a vida em deu.

Diante de todas as dificuldades, adversidades e conquistas, acredito que fico mais rico a cada dia, não em bens materiais – nunca liguei para isso – mas nas coisas boas que os caminhos me trilharam. A cada ano decorrido, agrego mais conhecimento e amigos de verdade; a cada ato e gesto de meus pais e irmãos, vejo a família linda que tenho – independente dos acidentes do percurso – as qualidades superam qualquer defeito.

Aprendo diariamente a ser mais tolerante, a me policiar, a me aperfeiçoar. Nada disso seria possível sem os amigos que conquistei, inclua nesta lista: pais, irmãos, ex-namoradas, colegas de trabalho, do convívio social, amigos virtuais e qualquer outra forma de amizade.

Não tive a oportunidade de ir passar a data perto da maior parte dos entes queridos, mesmo assim o calor recebido foi de igual valor, há quatro dias tenho festejado mais uma primavera, desta vez com os “irmãos” que me acolheram nesta terra. Não posso esquecer dos aliados virtuais, estes de convívio diário, independente de hora e lugar.

Atualmente tenho encontrado uma paz interior que há muito tempo não sentia, as coisas tendem somente a melhorar, dos tombos levamos o ensinamento, dos conselhos a gratidão.

Sai agosto e entra setembro, e me sinto cada vez mais privilegiado.

Se está lendo isso, é porque se preocupou com minha opinião e chegou até aqui, neste blog.

Obrigado, agradeço de coração a quem tenho a honra de chamar de amigo(a).

domingo, 2 de setembro de 2007

Vivendo e aprendendo

Afonso Vieira

A vida nos proporciona diversas oportunidades e é, ao mesmo tempo, repleta de obstáculos; provavelmente está nesses dois elementos o segredo de aproveitá-la de forma satisfatória e alcançar a felicidade tão almejada.

Refletindo sobre o que nos ocorre no dia-a-dia; nas vezes que um evento deixou de acontecer; de uma reunião ou encontro ser cancelada; do não consumar de um fato. Quando nossas expectativas são frustradas por um vacilo ou mesmo por forças aquém de nosso controle, a tendência é se chatear, tentar imputar a culpa a algo. Porém, passado um certo tempo, olhamos para trás e por muitas vezes verificamos que foi melhor ter sido exatamente como ocorreu.

As oportunidades surgem, todos temos aspirações, visões de felicidade e de realização profissional, muito particulares. Por vezes, por falha própria não conquistamos um degrau aspirado, imputamos logo o fracasso a outrem, ficamos irritados e descontamos a frustração ao próximo.

Sem as adversidades, os obstáculos e os espinhos do caminho trilhado, provavelmente pouco aprenderíamos, pouco evoluiríamos. É justamente na dificuldade que vemos brotar as reais qualidades, é onde aflora o espírito de luta, o vigor do valente ante o opositor. Devemos saber aproveitar o momento ideal, quando do fracasso, não desistir e saber esperar o momento oportuno para nova tentativa.

O mundo não gira sempre da forma que desejamos, ele possui uma vida própria muito aquém de nossas vontades; os governos, empresas, profissões, pessoas e o cotidiano são extremamente diversificados. Dentro de todo esse universo, cabe a nós administrar a situação para que seja a mais proveitosa possível. Somos seres extremamente adaptáveis, quando usamos da inteligência conseguimos transformar uma situação desfavorável em algo prazeroso.

Pessoas negativas e rancorosas tendem a afastar a harmonia de si, conseguem estragar um ambiente saudável. Para alguns - que confundem ser crítico com ser indigesto - até a música, o lugar, ou a convivência pacífica entre pessoas de etnias, credos, ideologias e gostos divergentes, incomoda. Resta aos seres desprovidos do dom da tolerância e da conciliação se isolar em um mundo particular sem grandes emoções em sua existência, provavelmente fadados ao ostracismo.

Aos que sabem respeitar as individualidades resta a saúde, o bem viver, resta os louros de conseguir tirar proveito até mesmo da solidão. A busca da felicidade é uma constante, é a procura de uma utopia saudável. Para alguns a liberdade é o valor acima de contestações, sacrificando muitas vezes o que - em outra análise detalhada - pudesse contrapor a primeira idéia.

Os espinhos da vida e o respeito ao que discordamos nos ensina a ser tolerantes; nossos erros educam mais que os acertos; os tombos nos fortalecem; o aprimoramento constante de idéias e a diversificação sócio-cultural de nossos hábitos nos torna um ser plural, rico da mais valiosa de todas as virtudes, que é a sabedoria. Bom seria se os intolerantes e os que enxergam dificuldades em tudo começassem a fazer uma autocrítica de seus comportamentos, os maiores beneficiados seriam os próprios.

A escola da vida é o maior dos educandos, e é exatamente neste mundo adverso que nos formamos e aprendemos a buscar um bem maior. Com certeza um mundo perfeito e sem problemas seria a coisa mais entediante que alguém poderia imaginar. Enfrente os problemas e as dificuldades – reflita - pois até neles há algo de excelente a ser extraído.

"A felicidade às vezes é uma benção, mas geralmente é uma conquista." (Autor desconhecido)

*Foto de Daniela Miolla

**Publicado em O JORNAL, de 04 de setembro de 2007.