segunda-feira, 30 de junho de 2008

Uma pausa


Sempre me deparo com momentos e situações onde sou levado a refletir os anos passados, nossa vida, evolução, conquistas e aspirações. É um momento único - de necessária solidão - onde realidade e ficção chegam a beirar um caminho ao qual não sou muito afoito, uma espécie de poesia.

Tenho manias, costumes e valores que dificilmente mudarão; em contrapartida, tenho me tornado mais liberal em certas posições e mais conservador em outras. Um tanto quanto radical, às vezes, o que reconheço e tento me policiar. Exagerado na valorização aos amigos, exagerado na defesa das idéias, são defeitos que enxergo como qualidades! Alguém que aprendeu a pedir desculpas e a desculpar.

Um libertário, defensor incondicional da liberdade, porém, com um senso de responsabilidade apurado. Dentro do seio da sociedade que me cerca, um fiel cumpridor de normas, mas não tão hipócrita ao ponto do puritanismo.

É curioso, ao ser introspectivo com certos assuntos, onde aos poucos consigo me abrir de forma mais satisfatória, tendemos a valorizar cada vez mais e mais pessoas e atitudes antes desprezadas. Como pode uma pessoa, que há 15 anos tanto criticava atos dos progenitores, hoje idolatrá-los de maneira cega e incondicional? Ou ainda, enxergar que aquele amigo sacana nunca deixou de merecer confiança, que em seu modo particular de ser, erra por ser humano e não pela falta de dignidade ou afeição? Que os amores passam, ou não, mas a vida segue e com ela aprendemos que a busca da felicidade é utópica, mas não dolorosa, que se torna prazerosa com amadurecimento galgado?

São privilégios de quem tem uma mente crítica, que busca aprimorá-la para evitar novos erros. Nós todos somos únicos, mas também somos produtos do meio que nos cerca, e é neste nicho que vivemos, lutamos, amamos e sofremos na busca da satisfação pessoal.

O ceticismo esclarece, embriaga e vicia! A verdade pode machucar, mas é vital para a sobrevivência. À medida que o apego a bens materiais diminui, aumenta o apego a qualidade dos momentos e prazeres da carne.

No momento em que o descrédito nas organizações existentes é total, a valorização nos entes queridos e mais próximos aumenta a cada dia. No frigir dos ovos, é nosso único refúgio e abrigo.

É, os medos de outrora sucumbem, valores são mantidos e a força interior cresce, mais e mais. A distância, o tempo e as necessidades são meros referenciais. A vida é uma escola, uns escolhem por tornar o aprendizado difícil, outros se dedicam e o fazem prazeroso. O mundo gira, mas as voltas nem sempre são de 360 graus, muito pelo contrário.

Com diz a letra da música: “brindemos com álcool, todos os sonhos frustrados; será preciso, mais para nos derrubar”.

É muito bom poder deitar a cabeça no travesseiro e dormir tranqüilo, assim como poder andar com a cabeça erguida e se orgulhar do que a vida nos brindou. Meras reflexões de quem não tem muito que reclamar, só a agradecer . . .

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Assaltantes engravatados


Afonso Vieira

Mais um assalto ao bolso do brasileiro é aprovado. Já não bastasse a quadrilha que nos governa vilipendiar todos os valores éticos da administração pública, a Câmara dos Deputados – antro de oportunistas, diga-se de passagem – dá o aval para mais um tributo, a Contribuição Social para a Saúde (CSS).

É completamente inadmissível que uma taxa – derrubada ao fim do ano passado- seja recriada sem a menor necessidade. O governo tem comemorado números sucessivos de aumento de arrecadação, prova cabal que não há amparo que justifique onerar ainda mais o contribuinte, e mesmo assim propõe tal estultice.

Recentemente no programa Opinião Nacional, da Tv Cultura, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Maurício Rands, tentou justificar o ato se amparando na Lei de Responsabilidade Fiscal – que o PT votou contra a criação, ressalte-se. Até ai nenhuma novidade, criam-se despesas, que vinculem a origem do recurso, prática elogiável caso cumprida. Porém, no caso em questão, com aumento de arrecadação e mantendo os patamares atuais, os recursos são mais do que suficientes para que cubra o valor destinado à Saúde - opinião esta, a mesma dos demais participantes do debate. Segundo consta, o governo remanejou através de medidas provisórias (MP) R$ 62,5 bilhões, somente no ano passado.

Por que não corrigir gargalos, aumentar a fiscalização na aplicação dos recursos, remanejá-los corretamente e administrar a coisa pública com responsabilidade? Porque isso é mais difícil e os claros atuais, medíocres. Nossos secretários da área de saúde, sejam municipais, estaduais e muitos dos integrantes do próprio Ministério, possuem pouca ou nenhuma capacitação para o cargo. O loteamento de cargos com simples partidários precisa acabar. O investimento em Educação, Saúde e Segurança são prioritários, mas a qualificação de gestores é imprescindível.

A CPMF caiu por ser injusta, onerosa e mal aplicada, o novo imposto, tem tudo para seguir o mesmo caminho. A alíquota de 0,1% parece ser irrisória, mas quem trabalha com o sistema financeiro sabe perfeitamente que não é.

Particularmente, tenho total ojeriza aos políticos, nossa história mostra que a ampla maioria não merece o menor crédito. Infelizmente, são esses senhores que definem nosso destino como cidadãos. A Câmara dos Deputados solta um escrutínio atrás do outro, sempre em defesa de interesses partidários e pessoais, quase nunca em defesa do bem estar da população.

Como última esperança, resta-nos o Senado, cujo único nome que simpatizava acaba de falecer, Jefferson Peres. É de bom alvitre que um parlamentar posicione clara e abertamente seus interesses e votos, que em tese seria a defesa dos anseios da população, já sufocada pela carga tributária estratosférica. Portanto, deixo aberta a questão senhor(a) Senador(a), qual sua posição sobre o novo assalto ao contribuinte?

http://www.portalgrito.com.br/arquivol/arquivol.php?id=81



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