sábado, 13 de dezembro de 2014

O joio e o trigo

Diz o dito popular para sempre separar o joio do trigo, seguindo esta ótica, é sempre bom deixar claras nossas posições, sejam elas políticas, ideológicas ou sociais.

A relativização da corrupção em nosso país chegou a um patamar ímpar, talvez nunca antes alcançado. Pessoas que supostamente são cidadãos de bem, defendem abertamente corruptos condenados pela justiça, desvios bilionários, práticas condenáveis e outras coisas mais.

O que aconteceu com a autoestima, aquele imperativo categórico que nossos pais nos ensinaram ao longo dos anos? Sumiu, escafedeu-se! Deu lugar àquilo que sempre condenávamos, que menosprezávamos.

Defino-me como um libertário no sentido pleno da palavra, isso quer dizer que não possuo uma ideologia utópica, que não sou de forma alguma um conservador, que tento sempre evoluir e estar aberto a novas teorias e rotinas. Não possuo dogmas! Mas devido a minha criação e aos valores em que fui criado, algumas coisas são absolutas, entre elas aquilo que acho certo e errado. Talvez seja um contrassenso, mas é algo que não tenho como mudar e muito menos ter vergonha, pelo contrário.

Quando o ex-senador Demóstenes Torres – por quem eu nutria forte simpatia - foi denunciado, fui um dos primeiros a condenar sua postura e seus atos. Jamais relativizei seus ilícitos e comparei com improbidades de seus pares, sempre defendi que deveria ser punido de acordo com a Lei! E o que ocorre com os defensores do atual governo que se dizem probos? São, no mínimo, maus-caracteres! Já citei em um texto antigo que cheguei a ser chamado de petista na gestão de FHC, simplesmente por cutucar a ferida e bater sempre nos atos condenáveis feitos naquela administração.

Senhores, não somos iguais! Somente alguém desprovido de massa encefálica, de valor moral, de vergonha na cara, é que defende bandido! Lugar de bandido é na cadeia! Uma pena que isso se tornou algo utópico neste país. O aparelhamento das instituições, que já era ruim, tornou-se algo absurdo. É praticamente impossível crer que algum órgão governamental mereça ser taxado como correto e honesto, tudo está ruindo.

Nunca fui politicamente correto, abomino essa patrulha, mas os pingos devem estar nos “is”. Começo a rever meus conceitos de amizade, não sei até que ponto devemos suportar quem coaduna com marginais, e é fato que quando se é conivente com a pilantragem, é meio caminho andado para se tornar como tal.

Triste, mas real!


Ps. Privatizem a Petrobrás logo, pelo bem da nação!