Diz o dito popular para sempre separar o joio do trigo,
seguindo esta ótica, é sempre bom deixar claras nossas posições, sejam elas
políticas, ideológicas ou sociais.
A relativização da corrupção em nosso país chegou a um
patamar ímpar, talvez nunca antes alcançado. Pessoas que supostamente são
cidadãos de bem, defendem abertamente corruptos condenados pela justiça,
desvios bilionários, práticas condenáveis e outras coisas mais.
O que aconteceu com a autoestima, aquele imperativo
categórico que nossos pais nos ensinaram ao longo dos anos? Sumiu,
escafedeu-se! Deu lugar àquilo que sempre condenávamos, que menosprezávamos.
Defino-me como um libertário no sentido pleno da palavra,
isso quer dizer que não possuo uma ideologia utópica, que não sou de forma
alguma um conservador, que tento sempre evoluir e estar aberto a novas teorias
e rotinas. Não possuo dogmas! Mas devido a minha criação e aos valores em que
fui criado, algumas coisas são absolutas, entre elas aquilo que acho certo e
errado. Talvez seja um contrassenso, mas é algo que não tenho como mudar e
muito menos ter vergonha, pelo contrário.
Quando o ex-senador Demóstenes Torres – por quem eu
nutria forte simpatia - foi denunciado, fui um dos primeiros a condenar sua
postura e seus atos. Jamais relativizei seus ilícitos e comparei com
improbidades de seus pares, sempre defendi que deveria ser punido de acordo com
a Lei! E o que ocorre com os defensores do atual governo que se dizem probos?
São, no mínimo, maus-caracteres! Já citei em um texto antigo que cheguei a ser
chamado de petista na gestão de FHC, simplesmente por cutucar a ferida e bater
sempre nos atos condenáveis feitos naquela administração.
Senhores, não somos iguais! Somente alguém desprovido de
massa encefálica, de valor moral, de vergonha na cara, é que defende bandido!
Lugar de bandido é na cadeia! Uma pena que isso se tornou algo utópico neste
país. O aparelhamento das instituições, que já era ruim, tornou-se algo
absurdo. É praticamente impossível crer que algum órgão governamental mereça
ser taxado como correto e honesto, tudo está ruindo.
Nunca fui politicamente correto, abomino essa patrulha,
mas os pingos devem estar nos “is”. Começo a rever meus conceitos de amizade,
não sei até que ponto devemos suportar quem coaduna com marginais, e é fato que
quando se é conivente com a pilantragem, é meio caminho andado para se tornar
como tal.
Triste, mas real!
Ps. Privatizem a Petrobrás logo, pelo bem da nação!
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