Afonso Vieira
Muito oportuna a abordagem que vem sendo feita sobre a educação brasileira por parte de toda a imprensa. Tenho lido bastante a respeito em diversos jornais, blogs e - até mesmo - a capa da maior revista de circulação nacional da corrente semana trata do tema. Pululam opiniões, alertas e sugestões das mais variadas; mas e os professores, têm lido?
Já passou da hora de darmos uma guinada radical em torno do nosso falido sistema educacional. Costumo dizer que sem um investimento maciço no sistema de base, de nada adianta o governo investir milhões em educação superior - mas é justamente essa que angaria votos, infelizmente - já que os acadêmicos chegam em uma universidade sem saber interpretar um único texto.
Notem que, historicamente falando, todos os países que se desenvolveram consideravelmente investiram pesado em educação. Temos diversos exemplos, posso citar o Japão e a Coréia do Sul para não me alongar. Enquanto isso, o Brasil que na década de 60 investia apenas 2% do PIB, terminou o governo militar com míseros 4%, e segundo consta, continua no mesmo patamar.
É deprimente o estado constatado pela revista Veja, onde se demonstram claros exemplos de proselitismo ideológico. Professores que estão mais preocupados em doutrinar alunos a ensinar o conteúdo programático das disciplinas. Isso é fato em nosso Brasil; o próprio curso de Pedagogia, em sua base “humanística”, passa aos acadêmicos praticamente uma única visão, a de esquerda. Oras, o ensino superior deve aprimorar o senso crítico; se a abordagem é somente de crítica ao sistema vigente - e não mostra o outro lado - como teremos profissionais qualificados e condizentes com a realidade do mercado de trabalho?
Recentemente participei de um curso sobre política onde estavam diversos docentes de ensino fundamental e médio; em certa oportunidade, uma professora reclamou que os pais haviam criticado sua postura em sala de aula porque, segundo ela, quis estimular a consciência política nos educandos. Boa coisa não deve ter feito, pois como ela mesma disse: “chegaram a me chamar de petista”. Fato lamentável!
O mundo evolui rapidamente, quem não investir na formação cultural e profissional de seus cidadãos, tende a ficar para trás. Isso é a realidade nua e crua. Precisamos repensar nossos métodos, parar de criticar países e sistemas e começar a agir. O ofício de ensinar é nobre, desde que feito com profissionalismo e dedicação. Não devemos desviar o foco, e sim, reforçá-lo!
Uma educação básica de qualidade resultará em acadêmicos críticos, exigentes e cultos, o que - em conseqüência - trará profissionais preparados para o mercado de trabalho, gerando maior eficiência nas organizações e melhoras para toda a sociedade.
Isso somente se dará quando os profissionais da educação se voltarem para o aprimoramento constante, dedicação e compromisso com a qualidade no ensino; um bom começo seria na preservação do vernáculo, que constantemente é assassinado por nossos “mestres”, tanto na escrita como na oratória. Afinal, como já dizia Roberto Campos: “o mundo não será salvo pelos caridosos, mas pelos eficientes”.
Já passou da hora de darmos uma guinada radical em torno do nosso falido sistema educacional. Costumo dizer que sem um investimento maciço no sistema de base, de nada adianta o governo investir milhões em educação superior - mas é justamente essa que angaria votos, infelizmente - já que os acadêmicos chegam em uma universidade sem saber interpretar um único texto.
Notem que, historicamente falando, todos os países que se desenvolveram consideravelmente investiram pesado em educação. Temos diversos exemplos, posso citar o Japão e a Coréia do Sul para não me alongar. Enquanto isso, o Brasil que na década de 60 investia apenas 2% do PIB, terminou o governo militar com míseros 4%, e segundo consta, continua no mesmo patamar.
É deprimente o estado constatado pela revista Veja, onde se demonstram claros exemplos de proselitismo ideológico. Professores que estão mais preocupados em doutrinar alunos a ensinar o conteúdo programático das disciplinas. Isso é fato em nosso Brasil; o próprio curso de Pedagogia, em sua base “humanística”, passa aos acadêmicos praticamente uma única visão, a de esquerda. Oras, o ensino superior deve aprimorar o senso crítico; se a abordagem é somente de crítica ao sistema vigente - e não mostra o outro lado - como teremos profissionais qualificados e condizentes com a realidade do mercado de trabalho?
Recentemente participei de um curso sobre política onde estavam diversos docentes de ensino fundamental e médio; em certa oportunidade, uma professora reclamou que os pais haviam criticado sua postura em sala de aula porque, segundo ela, quis estimular a consciência política nos educandos. Boa coisa não deve ter feito, pois como ela mesma disse: “chegaram a me chamar de petista”. Fato lamentável!
O mundo evolui rapidamente, quem não investir na formação cultural e profissional de seus cidadãos, tende a ficar para trás. Isso é a realidade nua e crua. Precisamos repensar nossos métodos, parar de criticar países e sistemas e começar a agir. O ofício de ensinar é nobre, desde que feito com profissionalismo e dedicação. Não devemos desviar o foco, e sim, reforçá-lo!
Uma educação básica de qualidade resultará em acadêmicos críticos, exigentes e cultos, o que - em conseqüência - trará profissionais preparados para o mercado de trabalho, gerando maior eficiência nas organizações e melhoras para toda a sociedade.
Isso somente se dará quando os profissionais da educação se voltarem para o aprimoramento constante, dedicação e compromisso com a qualidade no ensino; um bom começo seria na preservação do vernáculo, que constantemente é assassinado por nossos “mestres”, tanto na escrita como na oratória. Afinal, como já dizia Roberto Campos: “o mundo não será salvo pelos caridosos, mas pelos eficientes”.
Revista Imagem, Edição 10, agosto/setembro de 2008
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