Nas últimas décadas, temos sido bombardeados por leis e padrões de conduta que tendem a impor certos valores de um excessivo “politicamente correto”. Ainda que muitas das atitudes tomadas tenham sua razão de ser e pretendem atingir resultados satisfatórios a todos, elas tendem a ignorar o conceito de indivíduo.
O assunto é muito amplo e filosófico, mas todo tipo de debate é válido, pois tende a aprimorar definições e quebrar paradigmas. Hoje é raro conseguirmos ler, conversar ou visualizar pessoas realmente autênticas. Poucos têm coragem de ser e agir conforme a própria consciência. É a hipocrisia ululante tomando conta da sociedade.
É comum vermos textos com referências a filósofos e autores consagrados pela história, tal roupagem tem sido utilizada para dar um ar intelectual ou erudito ao escriba, mas muitas vezes o conhecimento é pífio ou a interpretação totalmente errônea. Falta o verdadeiro “eu” nas palavras, falta a própria opinião.
Não se pode mais fazer brincadeiras, não se pode fumar, não se pode beber, não se pode gritar, ser “eu mesmo”! Há patrulhamento ideológico e social em tudo, como se nós não fôssemos um ser pensante, querem pensar e agir por nós. Há uma nova santa inquisição em curso, onde não podemos mais ter defeitos, ou não podemos admiti-los!
Eu, por exemplo, nunca tive problema em aceitar minhas imperfeições - que são muitas. Expresso minha opinião doa a quem doer. Meus atos sempre assumi e respondi por eles, exerço meus direitos e cumpro meus deveres. Mas sou uma ilha dentre tantos. Talvez alguns, dos poucos iguais a mim, façam parte do meu círculo de amizade. Mas como sempre digo, não ligo muito para juízos de outrem.
Oras, chego a ler certas estultices que me dão nos nervos. Querem impor dogmas coletivistas ignorando nosso egoísmo. Sim, todos somos egoístas! Mas pouquíssimos possuem hombridade em admitir. Eu não quero resolver o problema do seu Zé da vila vintém, tenho minhas próprias prioridades. Talvez, quando realmente tiver solucionado meus impasses, possa vir a me dedicar ao próximo, mas sou eu quem decide isto!
Sabe quando seremos brindados por mentes como Nietzche e Schopenhauer novamente? Provavelmente nunca mais. A autenticidade se tornou defeito. Os dois filósofos que citei, eram brilhantes justamente por ser quem eram e não tinham vergonha de colocar seus pensamentos, preconceitos e frustrações.
Em uma reflexão extremamente particular, posso dizer que amo/amei pessoas muito mais pelos defeitos do que pelas qualidades. As pessoas com quem mais discuto e divirjo, são justamente meus melhores amigos.
As máscaras estão postas e ostentadas por todos os lugares. Mas não reclamem quando forem enganados pelo ente mais próximo, pois a verdade é relativa, mas a falsidade não!
O assunto é muito amplo e filosófico, mas todo tipo de debate é válido, pois tende a aprimorar definições e quebrar paradigmas. Hoje é raro conseguirmos ler, conversar ou visualizar pessoas realmente autênticas. Poucos têm coragem de ser e agir conforme a própria consciência. É a hipocrisia ululante tomando conta da sociedade.
É comum vermos textos com referências a filósofos e autores consagrados pela história, tal roupagem tem sido utilizada para dar um ar intelectual ou erudito ao escriba, mas muitas vezes o conhecimento é pífio ou a interpretação totalmente errônea. Falta o verdadeiro “eu” nas palavras, falta a própria opinião.
Não se pode mais fazer brincadeiras, não se pode fumar, não se pode beber, não se pode gritar, ser “eu mesmo”! Há patrulhamento ideológico e social em tudo, como se nós não fôssemos um ser pensante, querem pensar e agir por nós. Há uma nova santa inquisição em curso, onde não podemos mais ter defeitos, ou não podemos admiti-los!
Eu, por exemplo, nunca tive problema em aceitar minhas imperfeições - que são muitas. Expresso minha opinião doa a quem doer. Meus atos sempre assumi e respondi por eles, exerço meus direitos e cumpro meus deveres. Mas sou uma ilha dentre tantos. Talvez alguns, dos poucos iguais a mim, façam parte do meu círculo de amizade. Mas como sempre digo, não ligo muito para juízos de outrem.
Oras, chego a ler certas estultices que me dão nos nervos. Querem impor dogmas coletivistas ignorando nosso egoísmo. Sim, todos somos egoístas! Mas pouquíssimos possuem hombridade em admitir. Eu não quero resolver o problema do seu Zé da vila vintém, tenho minhas próprias prioridades. Talvez, quando realmente tiver solucionado meus impasses, possa vir a me dedicar ao próximo, mas sou eu quem decide isto!
Sabe quando seremos brindados por mentes como Nietzche e Schopenhauer novamente? Provavelmente nunca mais. A autenticidade se tornou defeito. Os dois filósofos que citei, eram brilhantes justamente por ser quem eram e não tinham vergonha de colocar seus pensamentos, preconceitos e frustrações.
Em uma reflexão extremamente particular, posso dizer que amo/amei pessoas muito mais pelos defeitos do que pelas qualidades. As pessoas com quem mais discuto e divirjo, são justamente meus melhores amigos.
As máscaras estão postas e ostentadas por todos os lugares. Mas não reclamem quando forem enganados pelo ente mais próximo, pois a verdade é relativa, mas a falsidade não!
4 comentários:
Concordo plenamente.. . e aí vamos brindar nossos defeitos?
Gostei muito desse texto. É algo parecido com o "Poema em Linha Reta" de Fernando Pessoa, porém com uma nova roupagem. Gosto da maneira enfática com que se expressa sem ser bombástico. Continue assim que está ótimo! Vou ficando por aqui....mas volto!
Olá Afonso.
Acabei de ler o seu texto e me lembrei imediatamente de outro texto que você escreveu: "A morte do bom senso".
Neste texto novo você falou sobre a constante imposição de regras de politicamente correto e na tentativa social de colocar as pessoas em uma "fôrma" de bons costumes à qual elas não gostariam de se encaixar. Acredito que isso ocorra justamente pela falta de bom senso que impera atualmente. Quando o homem usa mal sua libertade a tendência é que esta lhe seja subtraída, certo?
Acredito que hoje, jogar palavras por aí que podem chutar a ferida de alguém, também não é a maneira mais adequada de expressar as próprias opiniões. Alías, se temos opiniões/crenças sobre as coisas e vivemos nossa vida pessoal/realidade de acordo com elas, qual a necessidade de mostrarmos tais crenças/opiniões pessoais para as outras pessoas? Ajudá-las?
Espera, nós somos egoístas! Não precisamos ajudá-las. Concordo com nosso egoísmo, embora o sentido dessa palavra talvez mude de uma pessoa para outra.
Manifestar opiniões ou comportamentos publicamente, se tornam coisas inúteis, porque não temos que mostrar nada a ninguém, temos apenas que viver de acordo com o bom senso, sabendo que nossa liberdade termina quando começa a do outro, afinal, isso é viver em sociedade.
Abraço.
Sim, Bruno. Se observar bem, este texto é uma complementação de outros, inclusive bem mais antigos.
Eu sou um libertário, sem amarras ideológicas, sem ídolos platônicos ou visão romântica. Sou cético.
Na minha utopia pessoal, as leis deveriam ser mínimas e extremamente restritas a pouquíssimos atos, porém, com já disse, é utópico. O ser humano necessita de regras, mas estamos criando um excesso. Hoje chegamos ao ponto de criar leis para fazer cumprir outras leis já existentes.
Não sou anarquista, pelo contrário, acredito que as normas são extremamente necessárias, mas não sufocantes como estamos vendo.
Como disse no texto, estamos vivendo numa hipocrisia ululante.
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