Ultimamente ando extremamente ansioso, mais do que o normal, como se isso fosse possível. Talvez seja pelos preparativos para visitar nosso país irmão e de quebra, ouvir uma das maiores bandas do planeta. Mas pode ser também, dentro da inquietude que me é pertinente, dos ofícios que me sugam, da busca incessante pelo novo, ou pela irritação contumaz com os erros grotescos do dia a dia e a falta de caráter ululante de nossos compatriotas.
Leio livros, vejo filmes, patrulho na internet tudo que posso e me atrai. Há tempos perdi a esperança nos políticos, cada dia que passa, este sentimento se estende para pessoas do convívio – resguardando as raríssimas exceções de amizade. Dentro de minha “hiperatividade”, vejo-me instado a sair vagando de bar em bar, talvez minha fase boêmia ainda não tenha acabado, ainda que diminuído consideravelmente.
Sou um libertário, não no sentido político – neste me enquadro mais para minarquista – mas no sentido pleno da palavra. Sou desapegado a dogmas e ideologias, descrente das utopias que geram esperanças aos milhares de necessitados, seja de material ou espiritual. Meu ceticismo me embriaga, torna-me chato e, às vezes, até intolerante.
Ando com dificuldade de encontrar um livro que realmente prenda minha atenção, o último que consegui devorar sem delongas, foi um do Mario Vargas Llosa – sempre ele. Quando preparo minhas aulas, busco fontes alternativas, além dos livros tradicionais. Leio três ou mais artigos sobre o tema proposto, chego sempre a conclusão que “chovemos no molhado”, sempre! Como digo aos meus instruendos, devemos estimular nosso espírito crítico, saber separar e assimilar as coisas boas e aprender com as ruins. Nem mesmo Peter Drucker tem passado pelo meu escantilhão. É, ando crítico demais. . .
Ontem, enquanto me deliciava com uma cerveja e conversava com o botequeiro, falávamos sobre amizades e caráter. Ele, desiludido com todos os que considerou, eu, um privilegiado neste ponto, mas sempre soube enxergar corretamente a natureza dos que me cercam. Comentávamos sobre a hipocrisia em certos círculos, a sanha de alguns beócios em criticar pelas costas. Como sempre, é inevitável falar sobre nossos representantes do executivo e legislativo, sinceramente, minha azia me ataca só de pensar.
Estive lendo alguns artigos, algumas notícias. Tudo como antes, não há nada publicado que não tenha uma segunda intenção, algo subliminar, subjetivo. Alguns articulistas têm a maestria nas mãos, outros, nem tanto. Ainda que discorde de muitos, é sempre bom devorar um texto de alguém com elevada bagagem cultural. É inevitável pensar nos grandes filósofos e suas divagações monumentais, há tanto para se ler, tanto para aprender que não entendo minha falta de inspiração momentânea.
Vem a mente uma música, algo que me traz excelentes recordações, Uma pra estrada. Passam os segundos e a guinada radical reforça minha inquietação, guitarras estridentes e o melhor do hardrock invade minha sala.
Pois é, que filosofada na maionese. Ainda que mais maduro, que mais em paz comigo mesmo, o espírito rebelde e livre continua, afinal It's a long way to the top if you wanna rock 'n' roll.
Leio livros, vejo filmes, patrulho na internet tudo que posso e me atrai. Há tempos perdi a esperança nos políticos, cada dia que passa, este sentimento se estende para pessoas do convívio – resguardando as raríssimas exceções de amizade. Dentro de minha “hiperatividade”, vejo-me instado a sair vagando de bar em bar, talvez minha fase boêmia ainda não tenha acabado, ainda que diminuído consideravelmente.
Sou um libertário, não no sentido político – neste me enquadro mais para minarquista – mas no sentido pleno da palavra. Sou desapegado a dogmas e ideologias, descrente das utopias que geram esperanças aos milhares de necessitados, seja de material ou espiritual. Meu ceticismo me embriaga, torna-me chato e, às vezes, até intolerante.
Ando com dificuldade de encontrar um livro que realmente prenda minha atenção, o último que consegui devorar sem delongas, foi um do Mario Vargas Llosa – sempre ele. Quando preparo minhas aulas, busco fontes alternativas, além dos livros tradicionais. Leio três ou mais artigos sobre o tema proposto, chego sempre a conclusão que “chovemos no molhado”, sempre! Como digo aos meus instruendos, devemos estimular nosso espírito crítico, saber separar e assimilar as coisas boas e aprender com as ruins. Nem mesmo Peter Drucker tem passado pelo meu escantilhão. É, ando crítico demais. . .
Ontem, enquanto me deliciava com uma cerveja e conversava com o botequeiro, falávamos sobre amizades e caráter. Ele, desiludido com todos os que considerou, eu, um privilegiado neste ponto, mas sempre soube enxergar corretamente a natureza dos que me cercam. Comentávamos sobre a hipocrisia em certos círculos, a sanha de alguns beócios em criticar pelas costas. Como sempre, é inevitável falar sobre nossos representantes do executivo e legislativo, sinceramente, minha azia me ataca só de pensar.
Estive lendo alguns artigos, algumas notícias. Tudo como antes, não há nada publicado que não tenha uma segunda intenção, algo subliminar, subjetivo. Alguns articulistas têm a maestria nas mãos, outros, nem tanto. Ainda que discorde de muitos, é sempre bom devorar um texto de alguém com elevada bagagem cultural. É inevitável pensar nos grandes filósofos e suas divagações monumentais, há tanto para se ler, tanto para aprender que não entendo minha falta de inspiração momentânea.
Vem a mente uma música, algo que me traz excelentes recordações, Uma pra estrada. Passam os segundos e a guinada radical reforça minha inquietação, guitarras estridentes e o melhor do hardrock invade minha sala.
Pois é, que filosofada na maionese. Ainda que mais maduro, que mais em paz comigo mesmo, o espírito rebelde e livre continua, afinal It's a long way to the top if you wanna rock 'n' roll.
Um comentário:
Afonso, aprecio muito seus textos, continue nos presenteando com sua percepção e escrita aguçadas. Você já lei alguma coisa de Joseph Campbell? Esse é um autor que me marcou muito. Abraços
Postar um comentário