quinta-feira, 24 de junho de 2010

Eu, petista?



Recentemente fui acusado - por um grande amigo – de ter sido petista. De pronto revidei: “jamais fui petista, posso ter votado uma única vez na esperança de moralizar a política. Mas foi a primeira e última, e tenho orgulho de nunca ter votado em Lula!”.

Muito curiosa é a forma que as pessoas enxergam nossas posições. Pela minha formação moral e familiar, jamais teria a menor afinidade com um partido como o PT. Primeiro porque tenho sangue e formação militar; segundo que prezo o trabalho como mola mestre da sociedade, com um alicerce meritocrático, e sempre pensei assim! Terceiro que tenho como valor absoluto, a Lei – mesmo que discorde dela -, portanto busco cumpri-la. Apesar do partido em questão abocanhar a alcunha do trabalho, o que menos se vê é trabalhador propriamente dito naquela agremiação.

Tenho amigos petistas, nunca deixei de tê-los. Muitos, inclusive, não gostarão deste texto. Mas minha verve nunca se importou com opiniões divergentes, sustento e assumo tudo o que digo e que faço – pena que não posso dizer o mesmo dos dirigentes daquela sigla -, e é justamente mais um motivo para me distanciar ainda mais dessa trupe.

Votei, 12 anos atrás, no candidato do PT à eleição estadual. Era, a meu ver, o “menos pior”. Afinal, o candidato da situação era muito ruim. Votei eu, mais um montão de amigos que tentávamos dar um ar de renovação. Como otários fomos! O meliante entrou e fez tudo de pior nos quesitos morais e éticos – qualquer semelhança com o representante do planalto, não é mera coincidência.

Oras, valores morais e éticos não se mudam, pelo contrário, apenas se aprimoram, é para a frente que se anda! Se conluios espúrios existiram – e ainda existem -, é porque isso já estava enraizado na índole dos protagonistas políticos. Eu, por exemplo, jamais vou defender assassinos e ditadores, faz parte da minha alma libertária. Nunca roubei, não sou perfeito - pelo contrário -, mas creio que vergonha na cara seja obrigação! Relativismo moral é para pessoas sem caráter, sem opinião firmada e honesta.

Eu relevo uma ínfima parcela do PT, que realmente acreditou na defesa de uma bandeira ética, mas não dá para levar a sério quem ainda milita abertamente na defesa de corruptos, que abraça e tira fotos com larápios, sorrindo da desgraça alheia. E isso independe de partido, deveria ser a regra de alguém probo!

Ao levantar a defesa dos valores democráticos, da livre concorrência e das liberdades individuais, buscamos um norte. Aprendemos com os erros, maximizamos acertos. Faço parte dos 5% que ainda não se embriagaram na popularidade recorde de nosso governante, não vendi minha alma em nome de resultados obtidos, ainda mais que tenho plena consciência que não se inventou a roda há 8 anos.

Ps. Não votei em 2002, 2006 e nem votarei no atual candidato do PSDB. Esta reflexão, como tantas, é suprapartidária. Não penso em partidos, penso no País. Políticas públicas deveriam ser de Estado, não de governos!

http://www.campogrande.news.com.br/canais/debates/view.php?id=5336

http://www.24horasnews.com.br/evc/index.php?mat=3352

Um comentário:

marlonjj disse...

Gostei do texto...
É uma boa reflexao, sonho com o dia em que a metade da populacao tenha um pensamento crítico sobre nossos governantes.
Valeu!