quinta-feira, 20 de maio de 2010

Profissionalismo jurássico


Afonso Vieira

Costumamos passar a maior parte de nossa idade adulta – no que tange a atividades -, imbuídos dos afazeres da profissão. Não temos como fugir muito do ambiente de trabalho, afinal, são - no mínimo - oito horas diárias. Nada mais justo que a façamos de bom grado e da melhor forma possível.

Com o advento da tecnologia, meios digitais e informática, agilizamos maior parte dos procedimentos administrativos, mas ainda temos uma considerável parcela de empresas que insistem em permanecer junto aos “dinossauros”.

Hoje, diversos documentos vêm via correio eletrônico. Existem exceções, mas mesmo estas podem ser digitalizadas, evitando o acúmulo de papel, gasto desnecessário com transporte e telefone, entre outros.

Alguém já imaginou uma empresa nos dias atuais sem uma impressora multifuncional? Acreditem, em plena era da informação ainda temos diversas organizações que não conseguem digitalizar um único documento, e para piorar, não são de pequeno porte. Na minha cidade, por exemplo, praticamente todas as transportadoras alegam não possui escâner – chego a crer que deve ser pane de operador, só pode . . . E nem estou entrando nos detalhes da operacionalização do correio eletrônico.

Recentemente passei aos meus alunos um trabalho, nele solicitava que eles simulassem uma cotação de preços. Contatei alguns fornecedores e informei que haveria a solicitação dos orçamentos. Confesso que não me surpreendi muito quando a maior parte não respondeu aos e-mails. Em uma visão míope, por não se tratar de uma venda efetiva, muitos dos vendedores deixaram de responder – não enxergam que os atuais alunos, são exatamente os futuros compradores.

Nos grandes centros e em cidades relativamente novas, a maioria dos estabelecimentos comerciais se utiliza dos cartões, tanto de débito como de crédito. Infelizmente, ainda há estabelecimentos que se recusam a implementar tal ferramenta. Não enxergam o potencial que tem esse instrumento, que entre outros benefícios, também traz o da maior segurança.

Falando em coisas antiquadas, ainda existem muitos que insistem no uso desse instrumento “ultra-ultrapassado”, que carinhosamente chamamos de talão de cheque. É a coisa mais arcaica possível. Facilita - e muito – a falsificação. Pode ser furtado em demasia. Gera inúmeros procedimentos operacionais desnecessários, e é, entre as transações de pagamento, a que tem maior probabilidade de gerar o calote.

Os otimistas dizem que o Brasil deixou de ser o país do futuro para se tornar o do presente, como sou cético e realista, creio que ainda temos muito a evoluir. E a evolução só virá com a mudança de diversos pensamentos e atitudes, que devem partir – primeiramente - de dentro de cada um.

Não podemos nos deslumbrar, e, antes de tudo, devemos ser parte da solução, não do problema. Temos o direito a empregos e serviços de bom grado, e obrigação de fazê-los na mesma qualidade.

http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/profissionalismo-jurassico/45065

http://douradosnews.com.br/leitura.php?id=9708

http://www.sintracoopmsmt.com.br/?p=1005

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