sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Falsos vestais



Mais uma vez a usurpação do erário é escancarada em cadeia nacional. Novamente, membros do executivo e legislativo se promiscuem com nosso suado dinheiro – sim, o dinheiro é nosso!

Não votei, e jamais votaria no Artuzi, mas, sinceramente, essa conversa de que o povo é bom e não merece esses governantes, a meu ver, é pura balela, eles são o reflexo exato de seus eleitores. Está ai, dos 12 vereadores, apenas Délia não foi citada no relatório. Quem diria, a senhora Razuk saiu-se como a reserva moral dessa corja que usurpa o erário diariamente.

Cadeia neles!

Antes que me esqueça, é sempre bom relembrar da Owari e frisar que muita coisa que lá foi descoberta, vinha ainda da administração petista. De nada adianta biltres metidos a letrados escreverem asneiras por ai, nem todos têm a memória curta.

Fico estarrecido é com a desfaçatez e cara-de-pau de militontos, que se fingem indignados somente agora, mas quando o escândalo é contra alguém que lhe é próximo ou que lhe garante a “boquinha”, calam-se em suas demagógicas e estúpidas mediocridades morais.

Blogueiros, articulistas e ensaístas manifestam-se a bel prazer, sempre com mira seletiva e somente quando lhes convêm. Li alguns textos, justamente de pessoas que se calaram quando os escândalos eram contra outras personalidades. Chamo isto de relativismo moral, má-fé ou mau caratismo mesmo, do mais torpe, mais puro.

Longe de mim defender Eleandro Passaia, mas bem ou mal, o jornalista fez um tremendo serviço para a sociedade sul-matogrossense, afinal, se ainda houver justiça e ela valer para algo, a Lei do Ficha Limpa nos livrará desde já, dessa quadrilha.

Conheço pessoalmente alguns dos envolvidos, uns dos bancos escolares, outros de festas e bares. Nenhum nunca me foi muito próximo, sempre a distância era apenas pela conveniência social. Mas é engraçado não me surpreender com nada exposto no relatório da PF que acabei de ler, parece que sempre soube enxergar a verdadeira índole dos que me rodeiam. Tem quem não gosta de ouvir verdades, ou se omite para não se indispor, mas não dá para se calar ante a sacripantas.

Para melhor desenhar meu pensamento, peço a seguinte reflexão, o que esses senhores faziam antes de entrar na política? Trabalhavam onde? Trabalhavam?! Qual cargo gerencial que exerceram? Eram bem sucedidos nas carreiras profissionais que abraçaram?

A reposta pode ser uma grande surpresa para muitos, afinal, considerável parcela dos detidos pela operação da PF só arrumou um jeito de ganhar dinheiro enganando trouxas e otários, que vendem seus votos ou se deixam enganar devido à ignorância crônica.

Para piorar, segundo a pesquisa recentemente divulgada, muitos seriam eleitos para o cargo de deputado estadual.

Lugar de bandido é na cadeia, não na política, independente de partido, ideologia ou nicho social!

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