segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Formadores de opinião?


Sou um eterno apaixonado pela visão crítica, talvez daí venha minha admiração à obra de Arthur Schopenhauer, em minha modesta opinião, um dos maiores filósofos de todos os tempos. Pois bem, fico matutando diariamente sobre a qualidade dos formadores de opinião da atualidade, sua profundidade intelectual e reais motivos que movem suas divagações.

Antes que discorra sobre o assunto, quero deixar claro, não existe imparcialidade nem isenção jornalística, isso é utopia e, pelo que leio a respeito, só é citada quando convém a outrem. Bom ressaltar também que o que pode existir é independência editorial.

A guerra da informação nos nutre de uma infinidade de posições e versões. Muitos alegam estar a serviço da população, da verdade, da ética e outras desculpas mais. Mas de fato, sempre há um interesse por trás – algo mais -, pode ser financeiro, moral, pessoal ou para reconhecimento próprio. Mas sempre há um motivo maior.

Eu, particularmente, nutro bastante simpatia para os que tomam posições, mesmo que antagônicas às minhas, mas que são bem definidas e transparentes. Oras, isso é honestidade intelectual, defender aquilo que acredita explicitamente, dando nome aos bois, sem o politicamente correto “em cima do muro”.

Nos EUA – sempre eles – os grandes veículos da imprensa são claramente republicanos ou democratas, não precisam de subterfúgios para alegar suas preferências políticas.

Blogueiros e colunistas, supostos formadores da opinião alheia, sempre estarão defendendo algo. Eu, por exemplo, tenho uma ótica libertária das coisas, crítica e cética, não suporto hipocrisia. Discorro sobre variados assuntos, mas meus preferidos são a filosofia e a política. Ainda não possuo uma estatura intelectual como desejo, mas me esforço para alcançá-la.

No ramo da notícia, existem os que trabalham a soldo. Uns chapas brancas, outros se comportam como a noiva traída. Foram chutados por incompetência, corrupção ou por conveniência, daí saem metralhando a tudo e a todos, posando de paladinos da moral, coisa que nunca o foram. Os verdadeiros jabazeiros, normalmente são os que vomitam suposta probidade e ética, mas na primeira oportunidade sucumbem a gracejos monetários, vendendo a própria “opinião”. Basta uma leitura mais atenta e crítica para identificá-los. Infelizmente, com o padrão da interpretação de texto da maioria da população, esses salafrários possuem audiência e “credibilidade” para muitos. É de bom alvitre lembrar que a profundidade intelectual desses néscios, é a de um pires.

Sêneca escreveu, “qualquer um prefere crer do que julgar por si mesmo”. Schopenhauer definiu, “os eruditos são aqueles que leram coisas nos livros, mas os pensadores, os gênios, os fachos de luz e promotores da espécie humana são aqueles que as leram diretamente no livro do mundo”. Infelizmente, quem consegue pensar com a própria mente, é exceção entre as exceções.

Diante de uma massa acéfala e uma infindável gama de energúmenos “escritores” de ocasião. Temos uma opinião manipulada, recheada de tendências escusas e formada por biltres oportunistas. Na ditadura da maioria, vivemos, somos tolerados e tolerantes. Enxergando de camarote a “vida como ela é”, com todos seus defeitos e qualidades, suportando uma grande mediocridade. Greetings!

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