Afonso Vieira
Recebi, na semana passada - de presente – um exemplar do novo livro do jornalista Reinaldo Azevedo, O Pais dos Petralhas. Para minha surpresa, veio autografado pelo próprio autor. Recordei-me do natal de 2005, quando ganhei de uma grande amiga, O Príncipe e Quando Nietzche chorou, o primeiro a obra-prima de Maquiavel comentada por Napoleão Bonaparte, o segundo um best seller que não me agradou muito. Mas o valor do volume se tornou imensurável, devido às dedicatórias neles contidas.
Sou do tipo saudosista, que compra um livro para guardá-lo, se ganho, seu valor é ainda maior. Normalmente escolho a dedo o que busco, clássicos filosóficos ou que falem sobre política e economia. Poucos os romances me atraem, destaco o escritor peruano Mario Vargas Llosa, autor do excelente Travessuras da menina má. Lendo Cartas a um jovem escritor - que tive a felicidade de encontrar o exemplar intacto no sebo de um amigo na Benedito Calixto, em São Paulo – abri ainda mais minha visão sobre o mundo da literatura. Mais uma obra para que eu guarde pela eternidade.
Pois é, tenho lido muito menos do que deveria, e muito mais que a maioria. Temos ótimas opções de leitura, das mais variadas. Encontramos praticamente todos os clássicos em versão gratuita na internet, os chamados e-books. Se formos analisar, temos que estimular a leitura, se não for em forma de livro que se faça na forma de jornais e revistas, sempre há algo de produtivo e interessante a se extrair.
Meu pai sempre estimulou o hábito da leitura, tínhamos uma ampla biblioteca em nossa casa, com todos os grandes títulos da literatura infantil e universal, eu cheguei a ler todos repetidas vezes. Também li - quando criança – O pequeno príncipe; quem não se recorda do Menino do dedo verde? Ou da obra de José Lins do Rego, Menino de Engenho? Tive esses trabalhos em minha posse, no percurso da vida fui perdendo, alguns ainda devem estar na chácara da família, na velha estante da sala.
Hoje, o hábito e as obras são outras, com outra ótica, mas quem não gostaria de ter um exemplar de Nietzche na sala? Costumo dizer que temos que ler o contraditório de nossos pensamentos para embasar melhor nossa opinião, neste ponto entra O Capital, de Karl Marx. Ainda irei comprar alguns que já li, mas por necessidade do ego, quero possuir: Freakonomics, A riqueza das nações, Capitalismo e liberdade, todos os livros do Llosa, enfim, são muitos, pretendo consolidar uma ótima biblioteca pessoal. Meu atual sonho de consumo é a obra de Raymond Aron, O ópio dos intelectuais, que na sondagem breve que fiz pelo google, é um investimento alto dentro de minhas prioridades atuais.
O conteúdo de um volume literário, muitas vezes, torna-se secundário devido ao valor emocional agregado. Sempre há algo de ensinamento, nem que seja somente a linguagem de Camões. Voltando ao título que originou esta crônica, ainda que discorde de várias coisas que escreva Tio Rei, vejo a qualidade de seu texto como algo ímpar no jornalismo nacional, os primeiros artigos são excelentes. E pode ter certeza, devido ao gesto de quem me presenteou, a obra vai para um lugar de destaque em meu acervo pessoal. Quem sabe um dia atinjo a estatura intelectual a ponto de escrever um livro, meras divagações de um aspirante a escritor.
Recebi, na semana passada - de presente – um exemplar do novo livro do jornalista Reinaldo Azevedo, O Pais dos Petralhas. Para minha surpresa, veio autografado pelo próprio autor. Recordei-me do natal de 2005, quando ganhei de uma grande amiga, O Príncipe e Quando Nietzche chorou, o primeiro a obra-prima de Maquiavel comentada por Napoleão Bonaparte, o segundo um best seller que não me agradou muito. Mas o valor do volume se tornou imensurável, devido às dedicatórias neles contidas.
Sou do tipo saudosista, que compra um livro para guardá-lo, se ganho, seu valor é ainda maior. Normalmente escolho a dedo o que busco, clássicos filosóficos ou que falem sobre política e economia. Poucos os romances me atraem, destaco o escritor peruano Mario Vargas Llosa, autor do excelente Travessuras da menina má. Lendo Cartas a um jovem escritor - que tive a felicidade de encontrar o exemplar intacto no sebo de um amigo na Benedito Calixto, em São Paulo – abri ainda mais minha visão sobre o mundo da literatura. Mais uma obra para que eu guarde pela eternidade.
Pois é, tenho lido muito menos do que deveria, e muito mais que a maioria. Temos ótimas opções de leitura, das mais variadas. Encontramos praticamente todos os clássicos em versão gratuita na internet, os chamados e-books. Se formos analisar, temos que estimular a leitura, se não for em forma de livro que se faça na forma de jornais e revistas, sempre há algo de produtivo e interessante a se extrair.
Meu pai sempre estimulou o hábito da leitura, tínhamos uma ampla biblioteca em nossa casa, com todos os grandes títulos da literatura infantil e universal, eu cheguei a ler todos repetidas vezes. Também li - quando criança – O pequeno príncipe; quem não se recorda do Menino do dedo verde? Ou da obra de José Lins do Rego, Menino de Engenho? Tive esses trabalhos em minha posse, no percurso da vida fui perdendo, alguns ainda devem estar na chácara da família, na velha estante da sala.
Hoje, o hábito e as obras são outras, com outra ótica, mas quem não gostaria de ter um exemplar de Nietzche na sala? Costumo dizer que temos que ler o contraditório de nossos pensamentos para embasar melhor nossa opinião, neste ponto entra O Capital, de Karl Marx. Ainda irei comprar alguns que já li, mas por necessidade do ego, quero possuir: Freakonomics, A riqueza das nações, Capitalismo e liberdade, todos os livros do Llosa, enfim, são muitos, pretendo consolidar uma ótima biblioteca pessoal. Meu atual sonho de consumo é a obra de Raymond Aron, O ópio dos intelectuais, que na sondagem breve que fiz pelo google, é um investimento alto dentro de minhas prioridades atuais.
O conteúdo de um volume literário, muitas vezes, torna-se secundário devido ao valor emocional agregado. Sempre há algo de ensinamento, nem que seja somente a linguagem de Camões. Voltando ao título que originou esta crônica, ainda que discorde de várias coisas que escreva Tio Rei, vejo a qualidade de seu texto como algo ímpar no jornalismo nacional, os primeiros artigos são excelentes. E pode ter certeza, devido ao gesto de quem me presenteou, a obra vai para um lugar de destaque em meu acervo pessoal. Quem sabe um dia atinjo a estatura intelectual a ponto de escrever um livro, meras divagações de um aspirante a escritor.
http://www.campogrande.news.com.br/canais/debates/view.php?id=4166
Publicado em O Jornal do Vale, 17.10.2008
2 comentários:
`Costumo dizer que temos que ler o contraditório de nossos pensamentos para embasar melhor nossa opinião`
Exato!
Tambèm tenho a necessidade de ter as obras, poder tocar... o palpàvel as torna mais reais,uma vida que pode ser relembrada a qualquer instante.Quando è um presente, o prazer è triplo.
nossa, viajei com esse texto..
minhas férias na chácara eram enriquecidas com as obras da família Jara Vieira.. nunca esqueço de uma em especial: QB VII, sobre a II Guerra.. leu?
se ñ leu, recomendo. deve estar lá.. na estante..(se eu retornar lá antes de ti, já te aviso q pretendo furtá-lo.. hahahahaha)
bom.. na estante da família Vieira Galeano havia todas as obras de Machado de Assis, José de Alencar e cursos de matemática, inglês e a BARSA... Li todos os clássicos e folheei as enciclopédias..
o bom é lembrar dessas leituras jogada no sofá na casa da mãe ou sentada no chão da varanda da casa da Chácara.. chego a sentir o cheiro de bolo de chocolate, da chipa guaçú e do suco de uva... ahhhh e os pastéis.. nossa, os pastéis da Tia Pastora.. inigualáveis..
bom, essas leituras me fizeram crescer emocionalmente e os cheiros hj são inevitáveis, mais q o valor monetário e sentimental, há o SABOR a ser valorado....
é..
quero levar minhas filhas na chácara, seria mto bom se pudéssemos ir juntos, com a Sule, o PA e a Estela...
mas, é um sonho...
qtoa escrever um livro.. essa pretensão é genética?
um gde bjo, SULO, da sua prima q te ama mto!!!
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