Diariamente vemos pessoas reclamando de tudo e de todos, sempre imputando seus fracassos a terceiros. Curiosamente são pessoas cheias de recalques, de frustrações pessoais. Eu, como agnóstico, não credito erros e acertos a um ente superior e sim, ao mérito pessoal. Respeito todas as religiões. Pois são de grande importância social e funcionam como uma espécie de freio para a humanidade.
Segundo estatísticas do Sebrae, a grande maioria das empresas fecha nos primeiros anos de funcionamento. Será que a culpa é única e exclusivamente do governo e sua carga tributária absurda? É claro que não. Existe todo um procedimento a ser levado em conta para a abertura de um empreendimento. Será que todos os novos empreendedores fazem análise de mercado, uma estimativa de custos, planejamento? Será que verificam a viabilidade do negócio? Enfim, poderia citar “n” fatores para o insucesso.
Em uma entrevista de emprego, aquela tão almejada, precisamos ser realistas, devemos fazer uma autocrítica. Será que possuo o perfil para a atividade desejada? Será que terei capacidade para responder ao exigido? Nervosismo, desespero e uma postura incorreta, podem frustrar suas pretensões.
Continuo vendo ideólogos da saudosa “esquerda”, que continuam com seus discursos ultrapassados de antiamericanismo, anticapitalismo, antiglobalização e mais alguns termos pejorativos da esquerda festiva da América Latina. E estes são, exatamente, os que vivem a reclamar da vida, a se organizar em sindicatos e “movimentos” sociais. No fundo, eles querem é ficar no “bem bom”, querem é socializar a riqueza de terceiros, jamais a própria. Será que os insucessos deste ou daquele governo é culpa de um terceiro? É claro que existem interesses de todos os lados, mas fomentar um sentimento contrário a um país ou a um sistema, por causa da própria incompetência em gerir suas funções, é no mínimo má-fé. Estamos assistindo apáticos os episódios com a Bolívia, onde está sendo demonstrada claramente a ineficiência da diplomacia brasileira em defender os interesses do país. E sabe o que nossos queridos “vermelhinhos” fazem? Criticam o governo anterior, que nada tem a ver com o atual impasse.
Estamos assistindo estarrecidos alguns acontecimentos contra a imprensa. Onde a militância partidária tem agredido jornalistas e membros do próprio partido governante fazem duras críticas aos veículos de comunicação. Como se a culpa para as manchetes fosse dos jornais e revistas e não dos executores das ilicitudes.
Não vamos longe. Vamos citar exemplos pessoais, de cunho afetivo. Quantas vezes você brigou com a pessoa amada por um erro seu? Quando estoura o problema, o que você faz? Culpa o amigo (a), o qual contou o que não devia? Procura rapidamente algo para imputar a culpa? Mas parou para pensar que era você quem não deveria ter dado o motivo?
Quando estamos estudando. Seja em cursos de graduação, cursos de aperfeiçoamento ou qualquer outro meio onde a avaliação exige um grau elevado de aprendizado, qual é a primeira coisa que lhe vem à cabeça? Que o seu professor te sacaneou? Que ele “te ferrou” na prova? Esse é o comportamento da maioria, mas será que não era você o maior interessado na aprendizagem? Será que você se preparou o suficiente?
Erros podem acontecer. Não existe fórmula mágica para o sucesso, mas devemos sempre aprimorar nosso potencial individual, sempre procurando evoluir. Aprendendo com nossos equívocos, evitando a reincidência. Façamos tudo com boa vontade, visando sempre um grau elevado de acerto. Procuremos resolver todos os nossos problemas antes de criticar os defeitos de outrem. Fracassos pessoais, na maioria dos casos, são únicos e exclusivamente culpa nossa. Trabalhe com esforço e dedicação. Verifique várias vezes seu projeto pessoal, identifique erros, lute pelo que acredita, mas jamais vire um fundamentalista cego. Aceite criticas e sugestões. Procure opiniões divergentes. Estude, busque alternativas e depois responda a pergunta: a culpa é de quem?
03.11.2006
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