Como defensor das liberdades individuais, não poderia deixar passar em branco a exaltação feita ao guerrilheiro argentino Ernesto Che Guevara de la Serna, e ao socialismo revolucionário, publicada na edição 56 de O Jornal, de 28 de maio de 2007.
Defender uma utopia com base em teorias que visam uma sociedade mais justa, é totalmente aceitável e, em certos casos, elogiável, o que não podemos é nos basearmos em exemplos distorcidos do que realmente representaram e seus resultados práticos. A maior obra de Che Guevara é a ditadura de Fidel Castro, que perdura até hoje e em nome dos ideais socialistas, mataram mais de 17 mil pessoas, isso em números estimados.
Alguém precisa avisar aos socialistas da América Latina, que o Muro de Berlim caiu há mais de 15 anos, que viver como viúva de um sistema que na prática se demonstrou totalmente inaplicável, não é saudável e não possui mais lugar em uma democracia sólida. Praticamente todos os países que optaram para o socialismo, terminaram em ditaduras sangrentas, cerceando liberdades, inclusive a de imprensa. Segundo o Livro Negro do Comunismo (escrito por comunistas), os regimes tidos como socialistas foram responsáveis por cerca de 100 milhões de mortos no século XX.
Lembro que vivemos em um Estado Democrático de Direito, e que a Lei é feita para todos. O que temos verificado nos grupos ditos socialistas, é que não são muito adeptos do cumprimento da legislação, já que estes mesmos grupos têm apoiado movimentos que se dizem sociais e de trabalhadores, que atacam propriedades privadas, devidamente legalizadas, praticam atos de vandalismos que beiram ao terrorismo, obrigando pessoas que estão ganhando seu pão de forma honesta, a cárcere privado e outras atrocidades. Até mesmo uma Usina, responsável por 10% do abastecimento de energia do território nacional foi alvo recente dessas agremiações, ato estúpido e irresponsável diga-se de passagem.
Quando leio algo do tipo “ou lutamos, ou morremos”, me recordo da retórica do fanfarrão Hugo Chávez, que com seu discurso tosco e deturpado, empurrado pelos petrodólares do “monstro imperialista” americano, me causa repulsa e preocupação. Os erros do passado servem para nortear novos horizontes e para não mais cometê-los. Nenhum sistema é perfeito, temos que filtrar o que é bom e expurgar o que é ruim, dentro do limite legal e do bom senso, só assim construiremos um mundo mais justo e correto.
A propósito, a sigla Nazi, do nazismo, significa: Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei ou Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães.
* Publicado em O Jornal, Edição 57, pág. 02, de 29 de maio de 2007.
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