segunda-feira, 2 de julho de 2007

Vitória da inépcia

Estamos caminhando a passos largos para a conclusão da reforma ministerial do Presidente Luis Inácio Lula da Silva, após meses de embromação, desculpas e exemplo de como não se portar, finalmente será concluída.

Marta Suplicy barganhou tanto que conseguiu garantir a boquinha, apesar do aparente esforço do Presidente em não lhe dar um cargo de primeiro escalão. Vamos ver como será a Gestão da madame, cujo maior feito político nos últimos tempos, foi manter o sobrenome do ex-marido.

O provável Ministro da Agricultura, Odílio Balbinotti, responde a processo no Supremo Tribunal Federal formulado pelo Ministério Público de Mato Grosso. Ele alega inocência, como não tenho muitas esperanças nos julgamentos da nossa Justiça, e nem acredito em político idôneo, resta lamentar a evidente nomeação.

Entre todos, o mais gritante é a manutenção de Waldir Pires, ao menos até agora, tudo indica sua permanência. O “Ministro do Apagão”, que demonstrou explicitamente a inépcia em comandar uma pasta que não possui a mínima afinidade, que demonstra total desconhecimento dos valores militares, chegou a bambear várias vezes na corda durante sua desastrosa condução da crise no setor aéreo, tentou-se acalmar os ânimos exaltados quando do ocorrido, procurando proporcionar uma saída honrosa para o ex-exilado político. Pasmem, para a surpresa geral, confirmando a aviltante memória curta tupiniquim, sua “punição” deve mesmo ser o Ministério da Defesa.

“Educação e saúde, a gente não brinca, a gente não partidariza e a gente monta o governo com as pessoas que têm competência, com pessoas que têm capacidade de montar um bom governo, porque na saúde se você brincar é morte, na educação, se você brincar, é o analfabeto”, palavras de Lula. Pois é, deve ser por isso que os demais ministérios continuam sendo utilizados como poder de barganha e cabides de emprego.

É triste e preocupante, todos os dias ler jornais e ainda sermos obrigados a ouvir da boca do próprio presidente, que a condução do país (excetuando-se Saúde e Educação) não é dada para pessoas competentes, e sim para este ou aquele correligionário, que em alguma fase da vida, teve como maior exemplo de eficiência, ser partidário de uma ideologia ou de alguma troca de interesses.

16.03.2007

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